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COMO O MERCADO DE MICROCRÉDITO VAI FICAR EM 10 ANOS

O futuro do Microcrédito no Brasil

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COMO O MERCADO DE MICROCRÉDITO VAI FICAR EM 10 ANOS
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Existem no Brasil, mais de 27 milhões de pessoas empenhadas na gestão de um negócio próprio ou envolvidas na criação de um novo empreendimento. É um contingente suficiente para superlotar mais de 270 vezes o estádio do Maracanã ou uma população maior que a da Austrália, da Holanda ou do Chile. Esse dado, impressionante, ajuda a dimensionar o enorme potencial empreendedor observado no Brasil. Não é por acaso que nos últimos anos o País vem se tornando referência internacional nesse aspecto.

A respeitada pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), por exemplo, nos classifica como a terceira nação no mundo com maior número de empreendedores. Já a Grant Thornton International Business Report, que separa os resultados do seu levantamento por gênero, indica que a mulher brasileira é a mais empreendedora do Planeta. Ao mesmo tempo em que ajuda a impulsionar a economia nacional, esse potencial empreendedor diferenciado revela as condições propícias para o desenvolvimento do microcrédito, o que se traduz também em uma grande notícia do ponto de vista social – Já que essa iniciativa tem, por essência, um poder transformador. Diferentemente das modalidades de financiamento ao consumo, o microcrédito produtivo e orientado é um instrumento financeiro que contribui para a geração de renda do cliente, da qual decorre uma importante capacidade de avanços sociais. Por definição, essa iniciativa é voltada a pequenos empreendedores, geralmente residentes de comunidades em estágio de desenvolvimento social e que não estão incluídos no Sistema Financeiro, portanto sem acesso a financiamentos. Em vez de atender grandes corporações, essa modalidade atende micronegócios, como mercearias, borracharias e serviços de costura, entre muitos outros. Leia mais... 

O grande foco em orientação financeira também ajuda o microcrédito a ter um caráter de transformação social, porque auxilia o empreendedor a melhorar a performance do seu negócio e desenvolvê-lo permanentemente. Veja mais ...

Os agentes de crédito são peça-chave nessa relação, já que são os responsáveis não só pela oferta do crédito, mas pelo acompanhamento personalizado e pela consultoria aos empreendedores - pontos fundamentais para o sucesso da operação. A dinâmica também o torna uma operação completamente peculiar: não são os clientes que buscam financiamento nas agências ou canais de atendimento, mas os bancos, por meio dos agentes de crédito, que vão às comunidades oferecer o serviço. Apesar de todos os benefícios possíveis de se extrair de programas de microcrédito e da veia empreendedora observada no País, o microcrédito produtivo e orientado ainda se encontra em estágio de desenvolvimento no Brasil, sobretudo pelo nível avançado de estrutura e expertise que exige para se tornar viável. O programa União Nordestina de Assistência a Pequenas Organizações (UNO) deu início às primeiras experiências de microcrédito no formato conhecido hoje, em 1973, na Bahia e em Pernambuco. A UNO, associação civil criada por iniciativa e assistência técnica da ONG Acción International, nasceu especializada em crédito e capacitação. Trabalhava com crédito individual e com a garantia de um Grupo Solidário. Mais tarde, outras instituições financeiras, Organizações Não Governamentais e Cooperativas entraram no mercado e ajudaram desenvolver o modelo e a dar mais escala às operações de microcrédito.

De acordo com o Banco Central, em abril de 2012, 36 instituições atuavam nesse ramo e, somadas, movimentaram um total de quase R$ 1,5 bilhão em aplicações. Números muito maiores do que de 10 anos atrás, mas ainda modestos perto do tamanho e do potencial do Brasil. Embora o microcrédito ainda não seja praticado na escala que poderia em terras brasileiras vem ganhando espaço e atenção, tanto do Poder Público quanto das instituições financeiras. Isso inclui incentivos operacionais por parte dos órgãos reguladores e programas estruturados do Governo Federal.

Desde 2003, por exemplo, os bancos podem usar 2% do depósito compulsório (montante que as instituições financeiras obrigatoriamente devem direcionar ao Banco Central e que, portanto, não pode ser transformado em investimento) como capital para fundear suas operações de microcrédito produtivo e orientado. Aqueles que não tiverem operação estruturada podem negociar esse capital com outras organizações que estejam interessadas em usar os recursos para microfinanças.

Em 2011, em outra decisão importante, o Governo Federal sinalizou que daria uma nova dimensão ao tema ao lançar o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado – Crescer. Com essa iniciativa, o Governo reconheceu a importância do assunto e determinou metas de expansão ambiciosas para um conjunto de bancos públicos. Agora, com a ascensão das classes emergentes,a disposição do Governo em apoiar o microcrédito e a referência de experiências consolidadas tanto de bancos públicos quanto das instituições financeiras privadas, o tema ganha visibilidade e torna-se mais atrativo para instituições financeiras que ainda não atuam com microfinanças.

Por tudo isso, é visível que se configura no País uma tendência favorável ao desenvolvimento e à expansão do microcrédito produtivo e orientado. Com todas essas informações podemos observar que o futuro do Microcrédito  para os próximos 10 anos é muito promissor, e que devemos sempre estar atentos e abertos as novas mudanças de comportamento que estão ocorrendo no mercado Brasileiro.

“O Brasil é imenso e ainda há muitos espaços a serem assistidos por operações de microcrédito. O ICC SERRA – Banco do Povo, está com uma equipe especializada em Microcrédito, pronta para ajudar você que já  é Empreendedor ou Microempresário e você que ainda está pensando em Empreender, pois acredita na garra do povo Brasileiro, e no futuro do Empreendedorismo, como uma fonte de Crescimento Econômico, trazendo muitos benefícios, acima de tudo para o País”, afirma:

Jaqueline Pattis, Diretora do Banco ICC SERRA – Banco do Povo.

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