COMO O MERCADO DE MICROCRÉDITO VAI FICAR EM 10 ANOS
O futuro do Microcrédito no Brasil
ICC SERRA Blog3249 views
Existem no Brasil, mais de 27 milhões de pessoas empenhadas na gestão de um negócio próprio ou envolvidas na criação de um novo empreendimento. É um contingente suficiente para superlotar mais de 270 vezes o estádio do Maracanã ou uma população maior que a da Austrália, da Holanda ou do Chile. Esse dado, impressionante, ajuda a dimensionar o enorme potencial empreendedor observado no Brasil. Não é por acaso que nos últimos anos o País vem se tornando referência internacional nesse aspecto.
A respeitada pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), por exemplo, nos classifica como a terceira nação no mundo com maior número de empreendedores. Já a Grant Thornton International Business Report, que separa os resultados do seu levantamento por gênero, indica que a mulher brasileira é a mais empreendedora do Planeta. Ao mesmo tempo em que ajuda a impulsionar a economia nacional, esse potencial empreendedor diferenciado revela as condições propícias para o desenvolvimento do microcrédito, o que se traduz também em uma grande notícia do ponto de vista social – Já que essa iniciativa tem, por essência, um poder transformador. Diferentemente das modalidades de financiamento ao consumo, o microcrédito produtivo e orientado é um instrumento financeiro que contribui para a geração de renda do cliente, da qual decorre uma importante capacidade de avanços sociais. Por definição, essa iniciativa é voltada a pequenos empreendedores, geralmente residentes de comunidades em estágio de desenvolvimento social e que não estão incluídos no Sistema Financeiro, portanto sem acesso a financiamentos. Em vez de atender grandes corporações, essa modalidade atende micronegócios, como mercearias, borracharias e serviços de costura, entre muitos outros. Leia mais...
O grande foco em orientação financeira também ajuda o microcrédito a ter um caráter de transformação social, porque auxilia o empreendedor a melhorar a performance do seu negócio e desenvolvê-lo permanentemente. Veja mais ...
Os agentes de crédito são peça-chave nessa relação, já que são os responsáveis não só pela oferta do crédito, mas pelo acompanhamento personalizado e pela consultoria aos empreendedores - pontos fundamentais para o sucesso da operação. A dinâmica também o torna uma operação completamente peculiar: não são os clientes que buscam financiamento nas agências ou canais de atendimento, mas os bancos, por meio dos agentes de crédito, que vão às comunidades oferecer o serviço. Apesar de todos os benefícios possíveis de se extrair de programas de microcrédito e da veia empreendedora observada no País, o microcrédito produtivo e orientado ainda se encontra em estágio de desenvolvimento no Brasil, sobretudo pelo nível avançado de estrutura e expertise que exige para se tornar viável. O programa União Nordestina de Assistência a Pequenas Organizações (UNO) deu início às primeiras experiências de microcrédito no formato conhecido hoje, em 1973, na Bahia e em Pernambuco. A UNO, associação civil criada por iniciativa e assistência técnica da ONG Acción International, nasceu especializada em crédito e capacitação. Trabalhava com crédito individual e com a garantia de um Grupo Solidário. Mais tarde, outras instituições financeiras, Organizações Não Governamentais e Cooperativas entraram no mercado e ajudaram desenvolver o modelo e a dar mais escala às operações de microcrédito.
De acordo com o Banco Central, em abril de 2012, 36 instituições atuavam nesse ramo e, somadas, movimentaram um total de quase R$ 1,5 bilhão em aplicações. Números muito maiores do que de 10 anos atrás, mas ainda modestos perto do tamanho e do potencial do Brasil. Embora o microcrédito ainda não seja praticado na escala que poderia em terras brasileiras vem ganhando espaço e atenção, tanto do Poder Público quanto das instituições financeiras. Isso inclui incentivos operacionais por parte dos órgãos reguladores e programas estruturados do Governo Federal.
Desde 2003, por exemplo, os bancos podem usar 2% do depósito compulsório (montante que as instituições financeiras obrigatoriamente devem direcionar ao Banco Central e que, portanto, não pode ser transformado em investimento) como capital para fundear suas operações de microcrédito produtivo e orientado. Aqueles que não tiverem operação estruturada podem negociar esse capital com outras organizações que estejam interessadas em usar os recursos para microfinanças.
Em 2011, em outra decisão importante, o Governo Federal sinalizou que daria uma nova dimensão ao tema ao lançar o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado – Crescer. Com essa iniciativa, o Governo reconheceu a importância do assunto e determinou metas de expansão ambiciosas para um conjunto de bancos públicos. Agora, com a ascensão das classes emergentes,a disposição do Governo em apoiar o microcrédito e a referência de experiências consolidadas tanto de bancos públicos quanto das instituições financeiras privadas, o tema ganha visibilidade e torna-se mais atrativo para instituições financeiras que ainda não atuam com microfinanças.
Por tudo isso, é visível que se configura no País uma tendência favorável ao desenvolvimento e à expansão do microcrédito produtivo e orientado. Com todas essas informações podemos observar que o futuro do Microcrédito para os próximos 10 anos é muito promissor, e que devemos sempre estar atentos e abertos as novas mudanças de comportamento que estão ocorrendo no mercado Brasileiro.
“O Brasil é imenso e ainda há muitos espaços a serem assistidos por operações de microcrédito. O ICC SERRA – Banco do Povo, está com uma equipe especializada em Microcrédito, pronta para ajudar você que já é Empreendedor ou Microempresário e você que ainda está pensando em Empreender, pois acredita na garra do povo Brasileiro, e no futuro do Empreendedorismo, como uma fonte de Crescimento Econômico, trazendo muitos benefícios, acima de tudo para o País”, afirma:
Jaqueline Pattis, Diretora do Banco ICC SERRA – Banco do Povo.
Gostou do nosso texto? Então que tal compartilhá-lo nas redes sociais e auxiliar outros Empreendedores, e Microempresários.
Conheça melhor o Microcrédito.Baixe nosso E-book: