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O EMPREENDEDOR COMO AGENTE DE INOVAÇÃO

O Empreendedor do Futuro que vai se destacar por ser um agente de inovação.

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 O EMPREENDEDOR COMO AGENTE DE INOVAÇÃO
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As várias concepções hoje existentes sobre o empreendedor demonstram o caráter rico e multifacetado desse ator: pessoa que assume riscos em condições de incerteza, fornecedor de capital financeiro, decisor, líder industrial, gestor ou executivo, dono de empresa, contratante, árbitro no mercado, entre outros. Estas distintas acepções geraram, muitas vezes, diferentes desdobramentos teóricos e abordagens empíricas (NAIR, PANDEY, 2006).

A proposta do empreendedor schumpeteriano, como aquele que introduz a inovação, gera desequilíbrio e provoca crescimento no sistema econômico, não é compartilhada por Kirzner. Schumpeter destaca o papel fundamental da inovação no ato de empreender e seu impacto no crescimento econômico.

Distingue entre invenções (novas idéias e conceitos) e inovações (uma nova combinação de recursos produtivos). Segundo o autor, o desenvolvimento é possível quando ocorre inovação. Existem, segundo ele, cinco diferentes tipos de inovação: i) introdução de novos produtos no mercado ou de produtos já existentes mas melhorados; ii) novos métodos de produção; iii) abertura de novos mercados; iv) utilização de novas fontes de matérias-primas; e v) surgimento de novas formas de organização de uma indústria.

O empreendedor é, por excelência, o agente detentor dos “mecanimos de mudança”, com capacidade de explorar novas oportunidades, pela combinação de distintos recursos ou diferentes combinações de um mesmo recurso. As inovações podem contrabalançar ou compensar a tendência a taxas de retorno decrescentes na indústria ou na economia em geral. A habilidade de identificar e perseguir novas formas de associação de recursos e novas oportunidades no mercado é a atividade empreendedora por excelência. Gera, permanentemente, desequilíbrios, tornando possível a transformação e o crescimento. Segundo o autor, designa-se por empresas a implementação de novas combinações, e por empreendedores, aqueles cuja função é viabilizá-las. O empreendedor é alguém “capaz de realizar coisas novas ou de fazer de novas maneiras coisas que vinham sendo feitas” (1939,  p. 56, tradução nossa).

A temática da inovação e da capacidade empreendedora tem sido intensamente pesquisada RICKARDS, 2000; PASTRO, 2001; HUNG, MONDEJAR, 2005; VALE, 2006, 2007). Destaca-se, nesse contexto, a literatura que associa inovação e crescimento econômico. Entre seus expoentes situase Metcalfe (2003). Segundo o autor, para compreender a natureza incansável do capitalismo contemporâneo, é necessário situar a noção do empreendedor no cerne da análise, pois o empreendedor é o agente crucial, cujo papel é de gerar novos conhecimentos econômicos. Salienta que o mais importante aspecto do moderno capitalismo não é, apenas, que o conhecimento gera novos conhecimentos, mas que o empreendedorismo cria mais empreendedorismo, através das instituições do mercado. Para Metcalfe, o capitalismo é fortemente ordenado, mas incansável, pois “como sistema não pode, jamais, estar em equilíbrio, pois o conhecimento não pode nunca estar em equilíbrio” (2003, p. 20, tradução nossa) e o empreendedor é o ousado de experimentação na geração de novos conhecimentos. A sociedade moderna caracteriza-se, segundo o autor, não só pela existência de tecnologias sociais cada vez mais ligadas ao conhecimento, mas também pela presença substancial de tecnologias físicas, capazes de armazenar e de transmitir informações, aumentando, de maneira significativa, o número de indivíduos capazes de usufruir de tais condições. Na linha de abordagem neo-schumpeteriana, o empreendedor é um criador ou desbravador de novas oportunidades, capaz de alterar, eventualmente, o próprio paradigma tecnológico ou produtivo existente.

 Podemos considerar que existe, no campo das proposições teóricas, grande sintonia entre os pressupostos inerentes à abordagem das redes e à abordagem do empreendedor como agente de equilíbrio. O empreendedor aí atua conectando recursos dispersos mas conhecidos, presentes em diferentes redes ou grupo sociais, lançando mão, para isso, de conexões e contatos privilegiados. Vai,  assim, ocupando e preenchendo os espaços vazios mas facilmente perceptíveis no mercado. No entanto, o ato de empreender encontra-se, também, associado à habilidade de, permanentemente, forjar novos revolucionários conceitos de negócios, reunindo recursos que poderiam parecer, à primeira vista, mesmo incompatíveis entre si. Isso pode ser demonstrado empriricamente, recorrendo a um caso emblemático: o da invenção da máquina a vapor por James Watt, técnico da Universidade de Glasgow, no século XVIII. Tal fato deflagrou o processo da revolução industrial. Observando o trabalho de uma simples bomba de tirar água de uma mina de carvão, que havia sido inventada por Thomas Newcomen, de Derbyshire, Watt resolveu adicionar alguns pequenos componentes, de maneira a dotar o equipamento de uma capacidade mais generalizada de uso. Recorreu, na sua empreitada, à ajuda de um conhecido que dominava a arte da fundição. Surgiu, a partir dessa associação, o motor a vapor, que era uma máquina de uso mais geral, capaz de substituir a tração animal pela mecânica. Nos 25 anos seguintes foram fabricadas e vendidas 500 dessas máquinas para usos diversos. Essa invenção tornou possível romper o paradigma existente ao longo de toda a história humana, que associava qualquer esforço à necessidade da presença de uma criatura viva ou a forças da natureza. Tal inovação permitiuo deslocamento das unidades fabris do campo para as cidades – a exemplo das serrarias, que puderam deixar as proximidades das quedas-d’água e foram se localizar próximas à mão-de-obra e ao mercado – e, posteriormente, o nascimento de aglomerações produtivas urbanas.

 A análise desse caso concreto possibilita constatar, ao mesmo tempo, sua adequação às proposições sobre empreendedorismo, inovação e ruptura – como defendidas pelos neo-schumpterianos – e a sua baixa aderência às concepções teóricas advindas da atual abordagem das redes sociais, onde estas são visualizadas como uma topologia estável ou de evolução gradual e contínua – como explicitadas por Granovetter ou Burt. Nesse exemplo emblemático não havia, previamente, no contexto das referências e paradigmas produtivos dominantes na sociedade, uma brecha ou um buraco estrutural a ser superado com uma ponte. Coube ao empreendedor conceber, inclusive, uma oportunidade completamente nova, um revolucionário conceito de negócio e de produto, introduzindo uma inovação capaz de desencadear, no mercado, uma nova onda de transformações e novos ciclos de negócios. O empreendedor situa-se, aí, como um agente de articulação de redes – mas não de superação de buracos estruturais – e, também, como um agente fundamental de inovação, ruptura e descontinuidade. Tais constatações ensejam uma revisão na literatura corrente sobre redes e sua associação à inovação.

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